terça-feira, 10 de abril de 2007

Dormente II


O que fazer quando não há solução?

Encarar os sentimentos é colocar uma arma na cabeça

Mas fugir deles é apertar o gatilho


Tentar ser feliz! Mas como?

Vamos! Sacode essa vida!

Mas ela tá tão quebrada que sacudir vai só espalhar os pedaços


Então, o que fazer?!

Quanto mais tento, mais me enterro

Quanto mais procuro, cada vez mais me perco

E a cada vez mais te encontro


Então, sigo dormente

Coração, alma, sentimentos, corpo

Dormentes pelo cansaço


A saudade me faz companhia

E a ilusão me alimenta


Não nego que resta uma esperança

De um dia te ter de novo do meu lado

A esperança que o tempo passe

As feridas cicatrizem


E a brisa que sopra as cinzas

reascenda o fogo

E traga de volta tudo aquilo que

um dia me levou


Mas isso é só uma esperança

A ilusão que me alimenta

A saudade que me acompanha


Enquanto a brisa não vem

Caminho nesse vendaval,

em meio à tempestade


Mas não sinto a chuva

Nem as rajadas de vento

Sigo dormente...

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