terça-feira, 29 de abril de 2008

Equilibrio

Como saber ponderar entre o orgulho e o amor proprio?
Como não deixar passar as felicidades da vida por obra da soberba sem cair nos tentáculos da dependência pela falta de brio?
Às vezes é difícil encontrar o caminho do meio...
Porque na verdade é muito difícil encontrar a si
Retomar o controle da vida e dos sentimentos às vezes pode significar sofrer
E por um tempo perder novamente o controle
Ninguém ousa dizer que é fácil
Mentirosos ou petrificados os que dizem o contrário
Mas tudo o que é difícil e lutado
Torna a conquista deleitosa e decisiva
Às vezes é preciso perder-se para reencontrar-se de verdade
Então, deixo que a vida me guie com todos os seus dissabores
Na busca constante pelo equilíbrio e discernimento necessário
Para quando chegar a hora certa
Poder decidir não entre o orgulho e a falta de amor
Mas optar pela felicidade
Não importando qual oposto atinja
Mas apenas valendo-me da minha tão sonhada e sofrida conquista!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Inspiração para Escrever

Nossa, tem muito tempo que não posto nada meu
Na verdade tem muito tempo que não escrevo nada
Ando sem inspiração
Um pouco parada na vida
Perdendo o trem, perdendo a direção
Perdendo o rumo de mim
Mas isso é bom
A dor me inspira....
E se passei muito tempo sem escrever
É porque fui feliz!
Mas agora retomarei meus trabalhos
Fui novamente apunhalada pelos golpes do destino
Da insegurança, da incerteza...
E como disse, fiquei tonta, perdi o meu rumo
Mas a poesia me ajuda a reencontrar-me
A não ser atropelada pela vida
E não ser tomada pelo cansaço descrito pelo mestre Fernandes
Quero pegar o trem
Andar na janela
Admirar a paisagem
E voltar a não ter mais inspiração para escrever

Cansaço (Antônio Miranda Fernandes)


Cansaço...

Não cansaço de sentir cansaço.

Apenas cançaso.

A descoberta dele.

A sua importância.

A necessidade do abraço amigo

Para a aliviar o cansaço.

Não o oferecido,

Mas o abraço necessário.


Cansaço...

Nos temporais das peixões ilógicas.

Nada do lado de fora.

Não.

Mas aquilo que é semeado

E brota dentro.

Cansaço

Das sensações inúteis e delicadas.

Do amor vendaval por alguém.

Suposto.

Posto na vida.


Não o estresse.

Nada patológico.

Não é isso.

Doença, canseira, fadiga.

Nada disso. Nada lógico.

Cansaço das coisas comuns

Que se fazem eternidade na gente.

Duendes em travessuras

Na usura da alma.

A mesma galinha.

O mesmo ovo.

O mesmo questionamento.

Nada de novo.

Cansaço do cansaço igual.

Profundo cansaço.

Apenas isso.